quarta-feira, 12 de março de 2008

Fluminense esmaga Arsenal

Falar em goleada num confronto entre equipas dos dois melhores países sul-americanos poderá parecer estranho, mas a verdade é que o Fluminense bateu sem contemplações o Arsenal por 6-0.

A equipa de Gustavo Alfaro, que tem estado a fazer excelentes resultados em todas as competições, nunca conseguiu parar o ataque carioca e saiu humilhada do Brasil. Com Leandro Amaral de fora, Dodo e Washington foram titulares e não desiluduram, marcando ambos.

No entanto, o golo inaugural, aos 14 minutos, foi de outra estrela: Thiago Neves. Dodo acabou por ser a figura da partida ao apontar dois golos, enquanto Washington, Gabriel e Cícero também fizeram o gosto ao pé.

Foram apenas três pontos perdidos, mas será curioso saber de que forma vai reagir o Arsenal de Sarandí a esta pesada derrota, no duplo confronto com a LDU Quito, principal adversária para os oitavos-de-final.

Enzo Francescoli

LDU Quito vence Libertad

Os equatorianos da LDU Quito receberam e venceram os paraguaios do Libertad por 2-0 em jogo a contar para a 2.ª jornada do grupo 8 da Libertadores.

Depois do nulo em casa com o Fluminense, a equipa equatoriana aproveitou da melhor forma algumas das debilidades paraguaias para conquistar o primeiro triunfo na edição da prova de 2008.

Depois de grande parte do jogo sem golos, a LDU Quito conseguiu quebrar a barreira paraguaia aos 72 minutos através de Patricio Urrutia. 11 minutos depois, Joffre Guerrón colocou um ponto final na partida ao fixar o 2-0.

O LDU Quito reparte a liderança do grupo com o Fluminense, ambos com 4 pontos.

Enzo Francescoli

Uribe dá primeira vitória ao Peixe

Depois do empate na Colômbia com o Cúcuta, o Peixe estreou-se a ganhar na Libertadores na recepção aos mexicanos do Chivas Guadalajara. Na partida entre as duas equipas com maiores aspirações para seguir em frente na prova, um golo solitário de Mauricio Uribe veio a revelar-se decisivo na partida.

Uribe foi um dos elementos mais perigosos durante a partida, acabando por dar a vitória à equipa santista à passagem do minuto 22. Do outro lado, o Chivas tentou reagir, assumindo uma postura mais ofensiva nos últimos vinte minutos de jogo, mas veio a revelar-se insuficiente para bater o guarda-redes Fábio Costa.

Com 4 pontos, o Santos assumiu a liderança do grupo 6 com 4 pontos.

Enzo Francescoli

Cruzeiro vence jogo da liderança

Frente a frente estavam os dois primeros classificados do grupo. De um lado, os venezuelanos do Caracas FC, com seis pontos em dois jogos disputados em caso, do outro uma das equipas que melhor futebol tem praticado até ao momento: o Cruzeiro.

A jogar no Mineirão, o Cruzeiro exerceu o favoritismo e brindou a equipa venezuelana com o mesmo resultado com que já tinha vencido o Real Potosí: 3-0. Aliás, em três jogos disputados no Mineirão, contando com a pré-eliminatória com o Cerro Porteño, a equipa de Belo Horizonte marcou sempre três golos.

Guilherme inaugurou a partida aos 10 minutos, enquanto os restantes golos ficaram a cargo dos suspeitos do costume: Ramires e Marcelo Moreno.

Com esta vitória, o Cruzeiro subiu à liderança do grupo com 7 pontos, mais um que o Caracas FC.

Enzo Francescoli

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cúcuta cede segundo nulo em casa

Os colombianos do Cúcuta não estão a conseguir repetir as boas campanhas de anos anteriores e nos dois jogos disputados em casa ainda não conseguiram marcar qualquer golo, cedendo na última madrugada, frente aos bolivianos do San José, o segundo nulo no grupo.

Depois do empate frente ao Santos, um resultado aceitável, a equipa que sofre na classificação da liga colombiana, repetiu o resultado, mas desta feita contra a frágil equipa boliviana.

Ao intervalo, apercebendo-se da tendência natural do jogo, o técnico colombiano tentou alterar o rumo dos acontecimentos e lançou mais um avançado, mas o nulo acabaria por permanecer até ao minuto 90.

Do outro lado, o San José jogou sempre com o relógio, tentando ao máximo levar um ponto para a Bolívia, objectivo que acabou por conseguir.

Perante a qualidade, ou falta dela, apresentada pelas duas equipas, não será de estranhar que Chivas Guadalajara e Santos confirmem o favoritismo e carimbem o apuramento para os oitavos-de-final da Libertadores.

Enzo Francescoli

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ortega ao cair do pano

Os grandes jogadores revelam-se em momentos como este. Com o empate a um golo do River Plate em casa frente ao América do México, a tarefa da equipa de Diego Simeone em conseguir um lugar na próxima fase iria ser mais complicada, mas o veterano argentino marcou o golo da vitória já nos descontos.

Depois de uma bola cruzada para a área, Ortega teve o discernimento e a calma necessária para parar a bola, fazer uma simulação para deixar o adversário definitivamente fora do caminho e bater Navarrete pela segunda vez.

O jogo até tinha começado bem para os mexicanos. Logo aos 17 minutos, o paraguaio Salvador Cabañas inaugurou o marcador para a equipa forasteira, mas o colombiano Radamel Falcao não permitiu que a desvantagem argentina se mantivesse até ao intervalo, restabelecendo a igualdade aos 39 minutos.

Na segunda parte, o River Plate partiu para o ataque, mas a recompensa chegou apenas nos descontos. Destaque ainda para as duas expulsões (Falcao no River Plate e José Castro no América) já nos descontos, também.

Com duas jornadas disputadas, as quatro equipas do grupo estão com três pontos.

Enzo Francescoli

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Duelo de estudantes sorri aos religiosos

A particularidade do grupo 5 da Libertadores é ter duas "universidades" em competição. Os peruanos da Universidade de San Martín de Porres e os chilenos da Universidad Católica. Esta madrugada, no Peru, as duas encontraram-se com o triunfo a sorrir aos religiosos.

A equipa da casa é considerada, à partida, a mais fraca do grupo, mas os muitos reforços e a vitória na 1.ª jornada com o River Plate (2-0) colocou um pouco em causa se a Universidad de San Martín seria assim tão fraca. Contudo, na recepção aos chilenos, não conseguiu marcar qualquer golo, não conseguindo responder ao golo de Dario Botinelli aos 31 minutos.

O avançado e reforço Roberto Ovelar, que tinha marcado ao River Plate, foi um dos jogadores mais inconformados da equia peruana, mas não conseguiu bater Buljubasich.

Desta forma, se o River Plate bater os mexicanos do América no outro jogo da 2.ª jornada, as quatro equipas ficarão empatadas a três pontos, já que os mexicanos ganharam na 1.ª jornada ao Universidad Católica.

Enzo Francescoli

Caracas FC cumpre em casa

Dois jogos em casa, duas vitórias. Dificilmente o Caracas FC poderia conseguir melhor do que o que fez até ao momento. Sabendo que as últimas duas jornadas vão ser longe da Venezuela, a turma da capital não complicou e bateu os bolivianos do Real Potosí por 2-1.

Na 1.ª jornada, os bolivianos tinham perdido por 0-3 em Belo Horizonte com o Cruzeiro, apesar de terem resistido os primeiros 45 minutos. Desta feita, a equipa boliviana fraquejou logo no início e Emilio Rentería inaugurou o marcador aos 4 minutos. A prestação venezuelana parecia ainda melhor quando Ronald Vargas dilatou a vantagem aos 39', contudo a sua expulsão em cima do intervalo complicou a tarefa para a segunda parte.

Acreditando que seria possível discutir o resultado, o Real Potosí surgiu mais motivado e reduziu a quinze minutos do final da partida, por intermédio de Gonzalo Galindo.

O golo acabou por ser insuficiente para evitar a derrota e o último lugar do grupo com duas derrotas em dois jogos. Do outro lado, o Caracas FC é líder isolado com 6 pontos, mais dois que o Cruzeiro.

Enzo Francescoli

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Uma entrada… à campeão?

Marioni marcou o primeiro golo da campanha do Atlas

Miguel Angel Brindisi não poderia ambicionar melhor estreia na Libertadores 2008: concludente 3-0 sobre o campeão chileno Colo-Colo e expectativas elevadas para os restantes desafios que prometem ser escaldantes especialmente com o campeão em título Boca Juniors.

Bruno Marioni (quem mais poderia ser?) abriu o activo aos 8 minutos e antes do intervalo o Atlas aumentou para 2-0 por Colotto. O Colo-Colo limitava-se a assistir à avalanche ofensiva dos mexicanos e acabaram sempre subjugados pelo poderio e organização aztecas.

A exibição não baixou de nível na segunda parte e Medina fez o 3-0 aos 66’ quase meia hora antes do desafio terminar. Destaque para as estreias de Jorge Bava na baliza e Emanuel Centurion a coordenar o meio-campo. Quanto ao Colo-Colo, pede-se que reaja na segunda jornada, na Venezuela, frente a um surpreendente Maracaíbo.

Alberto Spencer

Danubio arranca ponto no Equador

A defesa uruguaia impediu todas as investidas do Cuenca

Gustavo Dalto estava obrigado a trazer pontos do Equador por forma a manter acesa a chama da qualificação. Contudo, a deslocação ao Alejandro Serrano Aguilar esteve longe de ser fácil. O Deportivo Cuenca foi a equipa mais empreendedora durante os 90 minutos e nunca se cansou de tentar marcar um golo que lhe garantisse a vitória, que a confirmar-se seria a segunda consecutiva em duas jornadas.

O Danúbio vinha de uma derrota em Buenos Aires frente ao Lanús e estava proibido de perder. Quem mais interiorizou esta ideia foi Esteban Conde, guarda-redes dos uruguaios que brilhou intensamente na baliza do Danúbio.

Defesas espectaculares, acessíveis e impossíveis. Conde manteve a baliza inviolável e segurou um ponto para Gustavo Dalto contribuindo para o desespero dos equatorianos.

Alberto Spencer

Afinal sempre havia razão para desconfiar...

Battaglia deu o primeiro ponto ao Boca no caminho do Bi

O Union Atlético Maracaíbo impôs um empate na estreia ao campeão Boca Juniors, confirmando que afinal as expectativas dos venezuelanos tinham razão de ser. A equipa comandada por Jorge Pellicer conseguiu sempre jogar de igual para igual com a equipa argentina e provocou muitos calafrios a Caranta.

Durante o encontro, o Boca tentou sempre desenvolver contra-ataques perigosos que esbarraram sempre na forte estrutura defensiva de Maracaíbo, vendo sempre anuladas todas as suas investidas. O meio-campo venezuelano esteve sempre muito activo e a bola rondou muito mais vezes a área de Caranta do que a de Henao.

Tanto rondou que, aos 80 minutos, num livre directo, Miguel Mea Vitali colocou a equipa venezuelana em delírio. Num livre directo, deu vantagem ao Maracaíbo e colocou Carlos Ischia em maus lençóis. Mas foi sol de pouca dura: Battaglia. Três minutos depois, fez o empate sossegando os adeptos xeneizes que se deslocaram ao José Encarnacion “Pachencho” Romero. Um empate que sabe bem melhor a Jorge Pellicer que a Carlos Ischia. O véu levantou-se um pouco e o Boca provou da ratice do Maracaíbo.

Alberto Spencer

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Grupo 3

Castromán é reforço de luxo para o Boca tentar o bi

O grupo do campeão em título, Boca Juniors. Mas propício a surpresas, pois o Atlas, o Colo-Colo e até o Union Atlético Maracaíbo terão uma palavra a dizer.

BOCA JUNIORS

Nos últimos anos tem sido a equipa mais forte a ter conta na Copa dos Libertadores. O Boca conta com jogadores de grande qualidade e experiência, tendo alguns já experimentado o futebol europeu com sucesso. É uma equipa que apesar de ter conquistado a última edição da prova resolveu prescindir dos serviços de Miguel Angel Russo, tendo apostado num antigo adjunto do histórico Carlos Bianchi, Carlos Ischia.

O Estádio La Bombonera tem assistido a várias vitórias históricas do Boca, conquistadas com nomes como Martin Palermo, Rodrigo Palácio, Battaglia, Banega (que rumou ao Valência) e do inevitável Juan Roman Riquelme. O estratega da equipa foi a grande repescagem dos xeneizes, uma vez que Roman jogou por empréstimo do Villarreal na época passada mas este ano deu-se finalmente o regresso à Bombonera

É considerado o favorito na prova, não só porque é o campeão em título mas pela história recente na competição e experiência acumulada: ocupa a 5ª posição do ranking, soma 6 títulos em 20 participações, 106 vitórias, 46 empates e 48 derrotas em 200 partidas e 307-184 em golos. De referir aind que Lucas Castroman, antigo jogador da Lazio de Roma na Europa e também Velez Sarsfield, é o grande reforço para a reconquista do título.

ATLAS

Depois de eliminar o La Paz na pré-Libertadores, o sonho é possível. O clube mexicano aposta forte numa boa participação na prova para voltar a colocar no mapa o futebol azteca. Bruno Marioni, ex-Sporting, é a grande esperança no ataque para fazer os golos que levem a atingir o objectivo delineado: passar a fase de grupos.

Fizeram-se poucas contratações optando-se por manter o núcleo duro da equipa que se sagrou campeã mexicana, mas chegaram o guarda-redes Jorge Bava (ex-Libertad) e o médio Emanuel Centurión (ex-Colon Santa Fé).

Vai iniciar a sua 2ª participação na prova recebendo o Colo-Colo. Ocupa a 108ª posição do ranking, com 4 vitórias, 2 empates e 4 derrotas em 10 desafios apresentando ainda assim, um score positivo em golos: 20-16.

COLO-COLO

Estreia absoluta na Libertadores, os chilenos apresentam-se nesta edição com boas expectativas apesar de terem sido colocados num grupo difícil. O campeão chileno afastou toda a concorrência no seu país e apresta-se agora para escrever mais uma página da sua história incluindo o seu nome na lista de participantes da Libertadores.

A equipa foi ligeiramente reforçada, ainda que grande parte dos jogadores que asseguraram o título interno tenham ficado no clube para jogar a Liga dos Campeões da América do Sul.

Lucas Barrios (ex-Atlas), Ricardo Rojas (ex-America) e Daniel Gonzalez (ex-O’Higgins) foram os reforços de um grupo com legítimas aspirações na prova. Ainda para mais, ninguém vai exigir-lhes nada: é a estreia e logo num grupo que é considerado por muitos como o da Morte.

UNION ATLETICO MARACAÍBO

O outsider que pode provocar a grande surpresa do grupo. É assim que a imprensa venezuelana vê a participação do Maracaíbo na Libertadores 2008 e tem razões para isso. Para começar, conta no plantel com jogadores que já sabem o que é vencer a prova: o guarda-redes Juan Carlos Henao e o médio Alvarez ajudaram o Once Caldas a ganhar o troféu em 2004.

Além disso, foram vários os reforços que chegaram à Venezuela para ajudar o grupo a efectuar uma boa prova. Um deles, conhecido do público português é Nestor Alvarez, avançado ex-Académica.

Até ver, ninguém pode tirar-lhes o rótulo de pormissor clube sensação da prova, e o primeiro teste vai logo avaliar a real capacidade da equipa. A recepção ao campeão Boca Juniors vai começar a destapar o véu sobre as reais ambições desta equipa. O Maracaíbo tem 3 participações na prova, ocupa a 92ª posição do ranking, 4 vitórias, 6 empates e 9 derrotas em 19 partidas, apresentando um score negativo em golos: 26-37. Veremos como se apresentam desta vez…

Alberto Spencer

Inofensivo San Lorenzo trava Cruzeiro

Bergessio isolado perante dois adversários
San Lorenzo e Cruzeiro empataram sem golos no Nuevo Gasómetro, em jogo a contar para a 2.ª jornada do grupo 1 da Libertadores. À partida para o encontro, as duas equipas não se poderiam encontrar em posições mais antagónicas.

De um lado, o San Lorenzo contava por derrotas os jogos disputados (Libertadores e Clausura)e sem qualquer golo marcado. Do outro, o Cruzeiro era um dos ataques mais produtivos da prova com nove golos em três partidas disputadas.

A jogar em casa, a equipa de Ramón Díaz com D'Alessandro no apoio a Silvera e Bergessio tentou chegar ao golo o mais rapidamente possível, e o médio até esteve próximo de surpreender o guarda-redes com um canto directo, mas o destino do jogo estava traçado.

Díaz ainda colocou Romeo em campo, apostando definitivamente no ataque, mas pouco mais haveria a fazer. Os argentinos aumentaram para 360 o número de minutos sem marcar qualquer golo esta época. Do outro lado, o Cruzeiro garantiu o objectivo primordial da deslocação à Argentina: não sofrer golos.

Apesar de um ponto conquistado em dois jogos, Ramón Díaz não parece atirar a toalha ao chão: "Vamos qualificar-nos".

Enzo Francescoli

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Higuaín herói nos descontos

Higuaín sentencia encontro
Depois de Universidade de San Martín de Porres e River Plate terem inauguarado o grupo 5 (vitória 2-0 para os da casa), o Club América levou a melhor na segunda partida da 1.ª jornada, ao vencer por 2-1 os chilenos do Universidad Católica numa partida que foi decidida já nos descontos por Federico Higuaín, irmão de Gonzalo Higuaín que actua no Real Madrid.

Depois de alguma superioridade exercida nos minutos inciais da partida, o América chegou à vantagem no marcador à passagem do minuto 38. O paraguaio Salvador Cabañas tinha dado o primeiro aviso aos 6 minutos e acabou mesmo por bater Buljubasich. Do lado da equipa chilena, o argentino Dario Botinelli era o elemento mais perigoso.

Na segunda parte, aos 52 minutos, acabaria mesmo por ser Botinelli a apontar o tento da igualdade, para desalento dos espectadores que estavam no Azteca. Ainda assim, a equipa mexicana não desistiu e teve no argentino Federico Higuaín o herói.

No primeiro minuto de descontos, o avançado rematou forte e cruzado, sentenciando a partida.

Os três pontos são ainda mais importantes, sabendo que na próxima jornada o Club América vai a Buenos Aires defrontar o River Plate.

Enzo Francescoli

Fluminense garante nulo em Quito

Thiago Neves teve mais preocupações defensivas
O Fluminense estreou-se na Libertadores 2008 com um empate valioso no terreno da LDU Quito (0-0), a mais de 2500 metros de altitude. O frio que se tem feito sentir no Equador, bem como as limitações que a equipa brasileira tinha tido nas últimas horas, chegando inclusive a treinar no hall do hotel, eram grandes condicionantes à partida, mas levar um ponto para o Rio de Janeiro é um resultado que agrada à comitiva brasileira.

Perante uma entrada temerária do Flu, a LDU Quito aproveitou para partir para o ataque, obrigando o guarda-redes Fernando Henrique a ser uma das maiores figuras do encontro. Na segunda parte, Renato Gaúcho tentou inverter o rumo dos acontecimentos e, realmente, o Fluminense estendeu-se mais no terreno e começou a ameaçar a baliza equatoriana, contudo o marcador não sofreria qualquer alteração.

Curiosamente, na LDU Quito, Agustín Delgado e Ivan Kaviedes iniciaram o jogo no banco, entrando durante a segunda parte.

Enzo Francescoli

Leguizamón imita Calderón

Casteglione impôs-se no meio-campo defensivo
Terceiro jogo do Arsenal, terceiro resultado positivo, mesmo contando com a derrota na Venezuela, que acabou por não impedir o apuramento da equipa de Gustavo Alfaro. No jogo de abertura do grupo 8, o Arsenal recebeu e bateu o Libertad do Paraguai por 1-0. O autor do golo? Luciano Leguizamón.

Leguizamón apontou assim o segundo golo na competição, imitando José Luis Calderón. Na anterior partida em casa, frente ao Mineros de Guayana, Alfaro tinha lançado Leguizamón para a partida com 1-0 no marcador e poucos minutos para o final. O reforço não desiludiu e apontou um livre directo de forma irrepreensível, dando alguma tranquilidade para o jogo da 2.º mão.

Desta feita, Leguizamón foi titular ao lado de José Luis Calderón, mas acabou por marcar praticamente no mesmo minuto do que na primeira partida: aos 81 minutos.

Com esta importante vitória em casa, o Arsenal deu um importante passo na luta que se prevê intensa por um lugar nos oitavos-de-final.

Enzo Francescoli

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Grupo 8

Leandro Amaral é um dos "Três Tenores"

O grupo 8 da Libertadores, o último, é também o último a entrar em acção. Composto pelos brasileiros do Fluminense, argentinos do Arsenal de Sarandí (vindo da pré-eliminatória), equatorianos do LDU Quito e paraguaios do Libertad. Poderá ser, à partida, um dos grupos mais fortes e equilibrados da prova, sem haver um claro favorito à partida, apesar do Fluminense dos "Três Tenores" assumir a dianteira nas previsões.

FLUMINENSE
Depois de uma longa ausência na Libertadores, a equipa carioca regressa e não olhou a esforços na altura de investir para tentar alcançar uma grande participação. O ataque foi o sector privilegiado com a contratação daqueles que são agora conhecidos como os "Três Tenores": Leandro Amaral, Washington e Dodô. Além dos três avançados, chegou também o argentino Conca (Flamengo) e Gustavo Nery (Corinthians). O grande problema tem sido a escolha de um sistema táctico que permita a utilização simultânea dos Tenores.

Com apenas duas participações, o Fluminense ocupa a 102.ª posição do campeonato absoluto com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas.

ARSENAL
Gustavo Alfaro só tem motivos para estar satisfeito com a equipa. Depois da conquista da Sul-Americana, a equipa argentina conseguiu segurar um lugar na Libertadores fruto da eliminatória com os venezuelanos do Mineros de Guayana. A contratação de Luciano Leguizamón foi um trunfo que se veio juntar aos já existentes José Luis Calderón, Matellán, Alejandro Gómez, Yacuzzi e Pellerano.

LDU QUITO
A Liga Deportiva Universitária de Quito é uma das melhores equipas equatorianas. Aproveitando o factor altitude para levar a melhor nas competições sul-americanas, a LDU tem 12 participações na prova, onde alcançou 40 vitórias, 23 empates e 38 derrotas: 146 golos marcados e 142 sofridos.

Orientada pelo agentino Edgardo Bauza, a equipa conta com vários jogadores de renome e bem conhecidos do público português, começando pelo avançado Ivan Kaviedes. No entanto, o outro avançado, Agustín Delgado, é mais importante na manobra da equipa.

LIBERTAD
Com apenas oito participações, os paraguaios do Libertad não são a equipa nacional com mais prestígio na competição, longe, por exemplo, de Olimpia e Cerro Porteño, mas nos últimos anos tem sido presença mais frequente. No campeonato absoluto ocupa a 46.ª posição com 20 vitórias, 18 empates e 24 derrotas.

Com Rubén Israel no comando técnico, a equipa optou por manter a espinha dorsal, realizando poucas alterações no plantel. O avançado uruguaio Juan Manuel Olivera foi contratado a um clube chinês (Shaanxi Baorong) e deve fazer dupla com o internacional Nelson Cuevas.

Enzo Francescoli

Chivas Guadalajara entra com vitória esperada

O Chivas de Guadalajara entrou da melhor forma na Libertadores ao vencer os bolivianos do San José em jogo a contar para a 1.ª jornada do grupo 6.

Seria de prever que os mexicanos do Chivas Guadalajara conseguissem uma vitória tranquila na estreia na fase de grupos da Libertadores, mas os bolivianos do San José, uma das equipas mais frágeis da prova, deslocavam à segunda maior cidade mexicana com o intuito de surpreender.

Com um estilo de jogo ofensivo e a pretender marcar o mais cedo possível, para evitar males maiores, a equipa de Omar Bravo e companhia entrou nervosa no jogo, falhando vários passes e permitindo aos bolivianos que começassem a acreditar que poderiam causar mossa em ataques rápidos.

Darwin Peña era o elemento mais perigoso do San José, mas o Chivas acabou por finalmente assentar o jogo e fazer o tento inaugural do grupo 6 (Cúcuta e Santos haviam empatado a um golo) através de Edgar Solís. DEpois de receber a assistência de Omar Barvo com o pé esquerdo, rematou forte e sem hipóteses para Daniel Vaca.

O técnico boliviano manteve-se fiel à estratégia com que chegou ao México e, logo no início da segunda parte, acabou por sofrer o segundo golo que encerrou com as contas do jogo. Na transformação de uma grande penalidade a castigar falta de Carlos Alvarenga, Sergio Santana fixou o resultado final.

Na próxima jornada, a equipa de Efraín Flores joga no Brasil frente ao Santos, naquele que será uma das partidas mais interessantes do grupo 6.

Enzo Francescoli

No aproveitar está o ganho

Companheiros felicitam Nuñez pelo golo da vitória na estreia em 2008

O Estádio Monumental preparou-se para receber a estreia do Audax Italiano – que ultrapassou o Boyacá Chicó – diante dos paraguaios do Sportivo Luqueño. Tendo em conta que estas equipas são os outsiders de um grupo que ainda tem São Paulo e Atlético Nacional, um triunfo neste jogo seria um belo início de prova para qualquer
um deles.

De um lado, Marcelo Broli, Carlos Villanueva e Orellana; do outro, Derlis Ortíz, Victor Quintana, Nuñez e Charles da Silva. Ingredientes para um espectáculo bem disputado, tal como aconteceu. A equipa paraguaia adiantou-se logo aos 7 minutos pelo central Rober Servin mas tiveram a resposta 3 minutos depois: ferido no orgulho, Miguel Angél Romero empatou e recolocou tudo como no início. A partir daí ambas as equipas procuraram chegar à vitória criando sucessivas oportunidades de golo mas no fim venceu a máxima de que quem não mata, morre. Os comandados de Daniel Lanata foram mais eficazes na fase final da partida e levaram os 3 pontos para o Paraguai.

Nota especial para Nuñez, a quem aconteceu de tudo neste jogo. Começou no banco, depois substituiu o lesionado Victor Quintana aos 39’, marcou o golo da vitória aos 71 e foi expulso aos 90’, após acumulação de amarelos. Uma estreia em cheio na Libertadores tanto individual como do clube paraguaio.

Alberto Spencer

Viera “manitas de plata” é herói do Nacional

Fornaroli deu a primeira vitória ao Nacional no Grupo 4

Na segunda jornada do Grupo 4, o Bolognesi, que havia empatado em casa na recepção ao Flamengo, voltou a ser anfitrião diante do Nacional, que de forma um pouco surpreendente tinha sucumbido também no Peru mas diante do Cienciano e precisava urgentemente de pontuar. Os uruguaios entraram a todo o gás e chegaram ao golo por intermédio do avançado Bruno Fornaroli para gáudio de Daniel Carreño.

O jogo foi bastante disputado com oportunidades de parte a parte mas a equipa uruguaia conseguiu sempre controlar a partida por absoluto até aos 80 minutos. Antes disso, Carreño até se deu ao luxo de retirar o marcador do golo para a ovação dos adeptos uruguaios que se deslocaram pela segunda vez consecutiva ao refúgio dos Incas e o organizador Martin Liguera, de modo a impedir qualquer tipo de investidas do adversário, por via do recuo estratégico e do cerrar de fileiras tanto na defesa como no meio-campo.

Mas Carreño não ganhou para o susto e pode premiar Alexis Viera, antigo guarda-redes do Peñarol. O camisola 1 uruguaio não defendeu um, mas dois (!) penáltis cobrados por Júnior Ross nos últimos 10 minutos e colocou os uruguaios em completo delírio. Duas deslocações às montanhas do Peru nos dois primeiros jogos do grupo tinham de valer pontos e o Nacional redimiu-se à segunda. O Bolognesi perdeu, com muito azar à mistura, mas quem falha dois penáltis em casa perante o seu público também não merece ganhar. “Não sei o que me aconteceu nos penáltis, é uma derrota injusta que dói muito”, disse Júnior Ross logo após o apito final.

Alberto Spencer

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Experiência de campeão dita leis

Lautaro Acosta festeja o momentâneo 2-1 na estreia do Lanús na Libertadores

Lanús e Danúbio encontraram-se no Estádio Cidade de Buenos Aires para fazerem a estreia na Libertadores 2008. No caso dos argentinos, foi o primeiro jogo da história do clube na fase de grupos pois nunca tinham actuado na prova mais importante de clubes da América do Sul. Gustavo Dalto, treinador do Danubio, consciente das dificuldades que iria encontrar montou uma estratégia venenosa para tentar surpreender o campeão argentino em título.

O jogo começou aberto e com o golo madrugador de Pelletieri, aos 9 minutos, na recarga após um livre directo. A toada manteve-se, embora tenha sido o Lanús a equipa mais perigosa, tendo sempre a preocupação de nunca desguarnecer a defesa face aos contra-ataques que o Danúbio gizava. E, contra a corrente do jogo, contribuindo para a surpresa geral, os uruguaios empataram antes do intervalo, com uma resposta igual: livre directo do lateral-esquerdo Abelenda e bola no fundo das redes de Carlos Bossio, o guarda-redes que desiludiu no Benfica.

O intervalo seguiu-se para depois, a experiente equipa de Ramón Cabrero dar uma lição de como se ganha um jogo em que se é claro favorito. Linhas adiantadas e muita… paciência. Sempre sem entrar em ânsias desmedidas, o Lanús continuou a praticar um futebol com a cabeça, e a parte do coração veio nos festejos. 59 minutos e Lautaro Acosta desbloqueava o empate, para alegria da maioria de adeptos argentinos que estavam a apoiar o Lanús. O resultado parecia feito até porque as forças do Danubio começavam a fraquejar, embora Gustavo Dalto, seis minutos depois do 2-1, tenha lançado o ponta-de-lança Figolí em busca de novo empate. Ramón Cabrero respondeu e colocou o médio-defensivo Ledesma, retirando o ofensivo Diego Valeri. Situação controlada para logo depois aparecer o goleador Sand a acabar com as dúvidas. 3-1 e 3 pontos no bolso, repartindo a primeira posição do Grupo 2 com o Deportivo Cuenca.

Alberto Spencer

Um "Vassallo" que virou Rei

Gustavo Vassallo comemora coma equipa o seu primeiro golo da noite
Após o empate verificado entre Coronel Bolognesi e Flamengo, o Cienciano não podia ter entrado melhor no Grupo 4 da Libertadores: 2-1 ao favorito Nacional no Inca Garcilaso de La Vega, fruto do bis alcançado por Vassallo. Num primeiro tempo em que ambas as equipas resolveram perder algum tempo a estudar o adversário, o Nacional acabou por sair para o intervalo em desvantagem…numérica. Adrián Romero foi expulso com cartão vermelho directo aos 41 minutos - o primeiro desta edição - e o Cienciano logo pensou que tinha de aproveitar a segunda parte para desequilibrar o encontro a seu favor.

No reatamento, Franco Navarro não fez alterações técnicas mas sim tácticas. Mandou a equipa avançar no terreno e deixar Gustavo Vassallo mais solto no ataque com Sawa a vagabundear na área. Resultado: 53 minutos, Vassallo recebe um passe de Sawa e inaugura o marcador. Mas o ímpeto manteve-se e Vassallo virou o Rei do Garcilaso quando, de cabeça, apontou o 2-0. Resultado mais que perfeito e regresso à estratégia inicial, com o bloco mais recuado. O Nacional, contudo não baixou os braços, embora com um jogador a menos.

O tento de honra surgiu apenas aos 88’, quando já todos os adeptos presentes no De La Vega acreditavam que o marcador já não funcionaria mais. Um livre directo de Victorino fez balançar as redes de Juan Flores mas não serviu mais do que consolação. Cienciano é já o líder do Grupo 4.

Alberto Spencer

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Defesa de Betão garante ponto na Colômbia

Thiago Carleto foi um dos destaques no Santos
O defesa Betão, reforço do Santos contratado ao Corinthians, acabou por ser um dos grandes heróis da equipa de Emerson Leão no nulo conquistado na Colômbia frente ao Cúcuta. Decorria a segunda parte quando, com o guarda-redes fora da baliza, Arriaga só precisava de empurrar para a baliza, mas com um excelente corte, Betão tirou a bola em cima da linha de golo e evitou aquele que poderia ter sido o único golo da partida.

O Santos atacou principalmente pelo lado esquerdo, onde Carleto era um dos elementos que mais perigo causava para a baliza de Castellanos. Emerson Leão lançou os recentes reforços Molina e Quiñonez, mas os jogadores, ainda desentrosados, não conseguiram estar bem em campo. Ainda assim, no final da partida, Leão defendeu os reforços: "Não podemos exigir muito de dois atletas que quase nem treinaram com o Santos. Eles tentaram, não podemos cobrar nada imediatamente".

Destaque ainda para uma excelente oportunidade de Kléber Pereira, contudo o avançado do Peixe, frente a frente com o guarda-redes Castellanos, não conseguiu fazer o golo. Ainda assim, o ponto conquistado pelo Santos é positivo, especialmente tendo em conta a campanha que o Cúcuta fez em casa na temporada passada.

Na próxima terça-feira, o Chivas Guadalajara recebe o San José da Bolívia no jogo que falta disputar do grupo 6.

Enzo Francescoli

Grupo 6

Pelé e Santos venceram duas Libertadores
O grupo 6 da Libertadores é um dos mais equilibrados da prova. O San José, da Bolívia, é a equipa que menos ambições pode ter, mas jogar em casa será uma vantagem. De resto, constam ainda no grupo as equipas do Santos (Brasil), Cúcuta (Colômbia) e Chivas Guadalajara (México).

SANTOS
A equipa santista é, de todas as que estão em prova, a mais antiga vencedora da prova. O Santos venceu a 3.ª e 4.ª edição da prova, realizadas em 1962 e 1963, respectivamente. No entanto, desde então, o terceiro título tem escapado. Apesar de não poder parecer que seja esta época, Emerson Leão está motivado para conseguir uma boa campanha, depois de ter substituído Vanderlei Luxemburgo no cargo.

Nas 9 participações na Libertadores, muito pouco tendo em conta que até 1963 já tinha dois títulos, o Santos tem um balaço claramente positiva, muito por culpa desses dois anos. Em 76 partidas, a equipa onde se notabilizou Pelé venceu 44, empatou 12 e perdeu 20, com um score de 168-103.

Para esta época, destaque para duas contratações que vieram reforçar lacunas. Para a defesa chegou Betão (Corinthians), enquanto Marcinho Guerreiro veio da Ucrânia (Metalurg Donetsk) para o meio-campo do Peixe.

CHIVAS GUADALAJARA
O Chivas Guadalajara tem em 2008 a quarta participação na prova. Depois de três campanhas francamente positivas (16 vitórias, 9 empates e 9 derrotas), a equipa mexicana vai tentar discutir com o Cúcuta o segundo lugar do grupo, partindo do princípio que o Santos é o principal favorito para passar para os oitavos-de-final.

Orientado pelo técnico mexicano Efraín Flores, o Chivas tem a particularidade de ser composto apenas por jogadores nacionais, o que espanta, tendo em conta a forte implementação que os jogadores argentinos têm tido neste mercado. Os destaques principais vão para os internacionais Gonzalo Pineda e Omar Bravo. No entanto, as recentes exibições de Jonny Magallón, que o levaram a actuar ao lado de Márquez na selecção azteca, também são ponto de destaque.

CÚCUTA
A equipa colombiana pode não estar a atravessar o melhor momento no campeonato nacional, onde é penúltima, mas a euforia pela participação na Libertadores está bem patente. No início da semana, milhares de espectadores compareceram no edifício onde os jogadores do Cúcuta iam apresentar os novos equipamentos.

Os adeptos não esquecem a primeira participação na prova na época passada. Depois de terem ultrapassado a fase de grupos, eliminando Deportes Tolima e Cerro Porteño, o Cúcuta chegou às meias-finais depois de eliminar o Toluca e o Nacional de Montevideo. Nas meias-finais frente ao Boca Juniors, os colombianos ainda surpreenderam na primeira mão ao vencer por 3-1, mas o 0-3 na Argentina inviabilizou uma estreia ainda mais fabulosa na prova.

O técnico Pedro Sarmiento sabe que vai ser difícil repetir a façanha, mas todas as equipas partem com os mesmos pontos e tudo é possível.

SAN JOSÉ
A equipa boliviana surge como o grande outsider do grupo mas, como já foi referido, poderá fazer dos jogos em casa um importante trunfo. Para já, a história na competição não é muito favorável. Em três participações, o San José venceu 25 por cento dos jogos (5 em 20), perdendo 14 e empatando apenas um.

Situado a sudeste da capital La Paz e razoavelmente perto das fronteiras com Peru e Chile, o San José joga no Jesús Bermúdez. Chegam à Libertadores depois de ter vencido o Clausura da época passada, prova que só tinham conquistado em 2005.

Dado curioso é a ligação do presidente boliviano Evo Morales ao clube, apesar de nunca ter chegado a competir pela equipa.

Enzo Francescoli

Empate sem sabor

Jônatas sentiu na pele o ímpeto dos jogadores peruanos
Coronel Bolognesi e Flamengo empataram, a zero, no Peru, na abertura do Grupo 4, num desafio que ficou aquém das expectativas para adeptos e responsáveis de ambos os clubes. Mas o resultado comprovou o súbito aparecimento de inúmeras surpresas nestes primeiros jogos da Fase de Grupos da Libertadores 2008. Os estreantes do Bolognesi impuseram um empate ao favorito Flamengo, que foi, ainda assim, a equipa que mais procurou o golo no Estádio Modelo durante toda a partida.

Joel Santana apostou num 4x4x2 clássico, com Tardelli e Souza na frente, sempre apoiados pelos alas Toro e Marcinho. Ibson e Jônatas comandavam o miolo, ainda que o ex-portista tivesse funções um pouco mais ofensivas que o compatriota. Na defesa não houve surpresas, com o quarteto habitual. Já Juan Reynoso também esquematizou a equipa em 4x4x2 mas com o meio-campo em losango e alguns reforços espalhados por todos os sectores excepto na baliza. A equipa peruana actuou sempre na defensiva, procurando rápidos contra-ataques, os quais acabaram por não sair. O Flamengo tentou de todas as formas e feitios chegar ao golo mas alguns dos craques estiveram desinspirados e por isso, incapazes de mudar o curso do encontro.

Assim, o desafio atingiu o final com um sensaborão empate sem golos, tendo ambas as equipas ficado aquém do que se esperava. Provavelmente resolveram adiar a verdadeira estreia para a segunda jornada. Mas os pontos já começaram a contar. E no final, este empate até pode causar alguns dissabores...

Alberto Spencer

Marcelo Moreno e Ramires sinónimo de sucesso

Ramires está imparável
Seria difícil ao Cruzeiro pedir melhor começo de época do que este. Depois de duas vitórias frente ao Cerro Porteño na pré-eliminatória, a equipa de Belo Horizonte venceu os bolivianos do Real Potosí por 3-0 em pleno Mineirão, num jogo em que todos os golos surgiram na segunda parte.

Falar de Marcelo Moreno e Ramires poderá parecer repetitivo nos jogos do Cruzeiro, mas a verdade é que nas três partidas já disputadas Moreno e Ramires têm 7 dos 9 golos apontados. Frente ao Real Potosí, o Cruzeiro partia como favorito, talvez ainda mais do que contra o Cerro Porteño, mas foi Candia o primeiro jogador a criar perigo, logo no primeiro minuto da partida.

O susto não foi suficiente para deter os 30 mil espectadores que apoiavam o Cruzeiro, no entanto o esforço só foi recompensado na segunda parte. Logo no início da segunda parte, Wagner conquistou a linha de fundo e cruzou para a área, onde Marcelo Moreno, mais lesto que o adversário, cabeceou para o fundo das redes, fazendo o primeiro da partida.

O mais difícil estava feito e a barreira defensiva do Potosí acabou por ceder. Foi, por isso, com normalidade de que os brasileiros chegaram ao golo por mais duas vezes até ao final do jogo: Ramires fez o quarto golo na prova, aproveitando um mau alívio do adversário, enquanto Guilherme fixou o resultado final com um remate fabuloso ao ângulo do guarda-redes boliviano.

Na próxima partida, o Cruzeiro defronta o San Lorenzo, numa das partidas mais apetecíveis da fase de grupos da Libertadores. O Real Potosí vai defrontar o Caracas FC.

Enzo Francescoli

Reforços do San Martín batem River Plate

Peruanos exerceram superioridade no meio-campo

O River Plate de Diego Simeone começou bem a época com as vitórias no Pentagonal e na Copa Revancha, bem como vencendo a primeira partida do Clausura, mas certamente que o técnico não esperava que a estreia na Libertadores fosse com uma surpreendente derrota no Peru frente ao Universidade de San Martín de Porres por 0-2.

A verdade é que Simeone acabou por ser castigado por utilizar um sistema demasiado defensivo que juntava Villagra, Ferrari, Domingo, Gustavo Cabral, Gerlo e Tuzzio. Com apenas Ortega, Alexis Sánchez e Sebastián Abreu vocacionados para o ataque, os millionarios ressentiram-se da perda de unidades no meio-campo e nunca conseguiram ser uma equipa verdadeiramente perigosa.

Sebastián Abreu foi o elemento mais inconformado do ataque, realizando seis dos sete remates, mas a Universidade de San Martín foi mais eficaz e marcou logo aos 16 minutos, através do reforço Roberto Ovelar.

Ao intervalo, Simeone corrigiu o erro inicial e lançou o colombiano Radamel Falcao no lugar de Domingo, contudo o San Martín reagiu com a entrada de um elemento mais defensivo: Bruno Bianchi. A equipa argentina não conseguia chegar à igualdade e Simeone insistiu no ataque, lançando primeiro Rosales (Sánchez) e depois Abelairas (Augusto Fernández), mas ainda assim foi insuficiente.

Numa altura que o River estava balanceado para o ataque, o San Martín matou o jogo com mais um golo de um reforço: José Luíz Díaz aos 91 minutos.

Enzo Francescoli

Grupo 5

Simeone vai orientar o River na Libertadores
O grupo 5 da fase de grupos da Libertadores é composto pelo River Plate (Argentina), Universidade de San Martín (Peru), América (México) e pelo Universidade Católica (Chile). Se numa primeira vista, River Plate e América podem ser considerados como favoritos, a competição já fez questão de demonstrar que é no campo que os favoritos se descobrem, não esquecendo a importância do factor-casa nesta competição.

RIVER PLATE
Das equipas em prova, é aquela que está melhor classificada no campeonato absoluto (2.º lugar, logo atrás do ausente Peñarol). No entanto, com 2 títulos em 28 participações, o River Plate está longe de ser um "papão" no continente sul-americano. Os últimos resultados, nacionais ou internacionais, não convencem e a pressão pelos títulos começa a surgir no Monumental. Os dois títulos alcançados foram em 1986 e, dez anos depois, em 1996.

As mudanças na equipa surgem logo no comando técnico, onde o jovem treinador Diego Simeone vem substituir o "kaiser" Daniel Passarella. Com passagens promissoras no Racing e Estudiantes, Simeone tem uma tarefa que tem tanto de aliciante como perigosa. No plantel, a saída de Fernando Belluschi e a contratação falhada de D'Alessandro são os principais destaques, mas chegaram o central Gustavo Cabral (Racing), o médio Archubi (Lanús via Olympiacos devido à venda de Belluschi) e o avançado Sebastián Abreu.

UNIVERSIDADE SAN MARTÍN
A equipa peruana é uma das grandes incógnitas na prova. Realizando a estreia absoluta na prova, o Universidade San Martín vai tentar superar todas as expectativas e tentar lutar por um lugar na próxima fase.

Para isso, o técnico Victor Hugo Coronado conta com um plantel vasto (32 jogadores) à sua disposição, das mais variadas nacionalidades. Na baliza, destaque para a contratação de Leao Butrón, jogador de 30 anos oriundo do Alianza Lima. Para a defesa chegaram o jovem defesa argentino Bruno Bianchi (Tecos do México), Céspedes Zegarra (Sport Boys), Guizasola La Rosa e Salas Suárez (Cienciano). No meio-campo foram contratados José Luiz Díaz (Nueva Chicago) e Alexander Sánchez (Belchatow).

Finalmente, no ataque, foram contratados o brasileiro Andrade Alves (Juventude), Barreto Sayán (Apoel Nicosia), o paraguaio Roberto Ovelas (Cerro Porteño) e Roberto Silva Pró (Alianza Lima).

AMÉRICA
O América é uma das equipas que mais tem progredido nos últimos anos. Com a crescente importância do futebol mexicano, a equipa do técnico argentino Daniel Brailovsky, que chegou ao México depois de alguns anos em Israel, procura chegar o mais longe possível na prova.

No entanto, algumas das saídas serão difíceis de colmatar: Lucas Castromán (Boca Juniors), Ricardo Rojas (Colo-Colo), Duilio Davino (FC Dallas) e Santiago Fernández (Toluca). Por outro lado, chegaram quatro jogadores, com principal destaque para o defesa Federíco Higuaín, emprestado pelo Besiktas. Chegaram também o uruguaio Richard Núñez, contratado ao Cruz Azul, e o argentino Sebastian Dominguez, do Estudiantes.

O Club América tem cinco participações na Libertadores e ocupa o 39.º lugar no campeonato absoluto, logo atrás de Corinthians, San Lorenzo e Racing. Venceu 29 dos 52 jogos, o que representa uma excelente percentagem. Perdeu 14 e empatou apenas 9.

UNIVERSIDAD CATÓLICA
É a segunda "Universidade" neste grupo, contudo a equipa chilena tem mais nome na América do Sul do que o Universidad San Martín de Porres. Sem vencer qualquer edição, ocupa o 10.º lugar do campeonato absoluto com 20 participações. Em 174 partidas, venceu 67, empatou 45 e perdeu 62.

Sem ser favorita para os dois primeiros lugares do grupo, poderá tentar intrometer-se entre Rive Plate e América, tendo, sem dúvida alguma, uma palavra a dizer nas contas finais. Numa equipa onde figuram o guarda-redes argentino Buljubasich (actuou no campeonato espanhol ao serviço do Tenerife e Oviedo, onde foi colega de Paulo Bento) e o médio Darío Botinelli, destaca-se ainda a curiosidade de actuar no meio-campo um jogador chamado Rodrigo Valenzuela - homónimo de Tello.

Enzo Francescoli

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Grupo 4

Joel Santana espera continuar a festejar tal como já o fez com Ibson

A ordem da apresentação dos Grupos está relacionada com as respectivas estreias e hoje é a vez do Grupo 4 onde estão Flamengo, Coronel Bolognesi, Cienciano e Nacional. Uma equipa brasileira e outra uruguaia com história na competição e duas equipas peruanas, uma em estreia e outra com algumas participações mas obrigada a disputar a pré-eliminatória onde afastou o Montevideo Wanderers.

FLAMENGO

O brasileiro Joel Santana comanda um plantel cheio de ambição e reforçado com vários craques a pensar precisamente na Libertadores. Diego Tardelli (ex-São Paulo), Kleberson (ex-Besiktas), Gavilan (ex-Gremio e presente na última final da prova), e Jônatas (ex-Espanyol) são nomes fortes aos quais se juntam Rodrigo (ex-D. Kiev), Marcinho (ex-Atlético MG) e Éder (ex-Guarani). Santana manteve o núcleo duro que conseguiu espectacular recuperação na fase final do último Brasileirão tendo apenas saído Roger (ex-Benfica) da equipa. O Mengão sente que o grupo é acessível mas prefere desconfiar das importantes e complicadas deslocações ao Perú, uma delas já hoje, no desafio de estreia, já para não falar dos encontros com os urugaios do Nacional.

Classificado na 27ª posição do ranking geral da prova, o Flamengo tem como ponto alto a conquista da Libertadores em 1981 e pretende repetir o feito este ano. Mas não será fácil. Hoje faz o 70º jogo da sua história na Copa sendo que soma 39 vitórias, 15 empates e 15 derrotas em 69 partidas já efectuadas. O score de golos é claramente favorável, mostrando que sempre se cotou como uma equipa perigosa no ataque: 136 golos marcados contra 78 sofridos.

À partida, o Flamengo deverá disputar o primeiro lugar do Grupo 4 com o Nacional do Uruguai, clube que também detém aspirações legítimas na prova. A experiência de Joel Santana e a qualidade dos seus jogadores têm uma palavra a dizer na competição deste ano. Há já quem os aponte como o grande outsider da prova.

CORONEL BOLOGNESI

O estreante do grupo. Os peruanos reforçaram-se de forma cirúrgica para esta competição pois o técnico Juan Reynoso considerou que o grupo que estava formada já reunia as capacidades suficientes para poder surpreender a competição, daí que tenha assegurado apenas 4 jogadores para posições mais carenciadas.

Los Diablos Rojos (“Diabos Vermelhos”) estão preparados e ansiosos para fazer a estreia numa competição que conta com os mais variados clubes de inúmeros países. Mas a sorte também não esteve do lado deles, ao serem colocados num grupo em que Flamengo e Nacional são os grandes favoritos à passagem.

A equipa é quase toda formada por peruanos – não há ninguém conhecido – e conta apenas com 4 estrangeiros, 3 mexicanos e 1 colombiano mas nenhum é internacional. Completos desconhecidos, o que por vezes também pode ajudar para ser uma surpresa.

CIENCIANO

Esta é a outra equipa peruana do Grupo. Depois de ultrapassarem o Montevideo Wanderers na pré-eliminatória à custa de um golo do reforço japonês Masakatsu Sawa, o Cienciano pode elevar as ambições. Primeiro porque é a única equipa peruana com títulos internacionais já conquistados (A Copa Sul-Americana em 2003 batendo o River Plate na final; e a Recopa 2004 vencendo o Boca Juniors), depois porque reforçou-se com jogadores interessantes que estiveram em muito bom nível na pré-Libertadores.

Colocado na 73ª posição do ranking geral, o Cienciano tem apenas 5 participações na prova, 9 vitórias, 2 empates e 17 derrotas em 28 jogos disputados. A ideia é obviamente melhorar o registo e para isso, o treinador Júlio César Uribe resolveu ir buscar Manuel Marengo (ex-Sport Boys), o já referido Masakatsu Sawa (ex-Deportivo Municipal), Aldo Olcese (ex-Alianza Lima) e José Corcuera (ex-Coronel Bolognesi) entre outros. Os reforços começaram a ajudar na pré-eliminatória e prometem não dar descanso aos adversários. A estreia é amanhã, com a recepção ao Nacional do Uruguai e uma vitória poderia já surpreender os mais atentos à competição. Aguardemos.

NACIONAL

O Nacional do Uruguai, fundado a 14 de Maio de 1889 é o clube com maior historial na Libertadores deste grupo. É “só” o terceiro melhor clube da competição conforme indica o ranking e os números impressionam: 34 participações, 3 títulos conquistados (1971, 1980 e 1988) em 6 finais disputadas, 295 jogos (só nesta fase de grupos atingirá os 300, na 5ª jornada frente ao Coronel Bolognesi em casa), 129 vitórias, 81 empates e 85 derrotas. O score de golos é naturalmente positivo: 450 marcados contra 334 sofridos. Um cartão de visita nada agradável para os adversários.

O Estádio Centenário, com capacidade para 76 mil lugares receberá os jogos do Nacional na sua casa, antevendo-se um ambiente complicado para as restantes três equipas. Quanto a reforços, o treinador Martín Lasarte contratou os experientes Nicolas Bertolo (ex-Boca Juniors), Sérgio Blanco (ex-Shangai National), Gaston Filgueira (ex-Arsenal Sarandí) e Pablo Melo (ex-Cerro) e promoveu alguns juniores que estiveram emprestados a outras equipas uruguaias no campeonato do Uruguai.

“Um regresso ao nível da história do clube”. Foi este o pedido feito pelo presidente Ricardo Alárcon na apresentação do plantel que vai disputar a Libertadores. Martín Lasarte disse esperar corresponder ao desejo do líder do clube.
Alberto Spencer

Grupo 8 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Arsenal-Libertad, 1-0
(Leguizamón 81')

LDU Quito-Fluminense, 0-0

2.ª Jornada
LDU Quito-Libertad, 2-0
(Urrutia 72', Guerrón 83')

Fluminense-Arsenal, 6-0
(Thiago Neves 14', Dodo 25', 51', Gabriel 45', Washington 72', Cícero 86')

3.ª Jornada
Arsenal-LDU Quito, 12 Março
Libertad-Fluminense, 19 Março

4.ª Jornada
LDU Quito-Arsenal, 26 Março
Fluminense-Libertad, 2 Abril

5.ª Jornada
Arsenal-Fluminense, 8 Abril
Libertad-LDU Quito, 8 Abril

6.ª Jornada

Libertad-Arsenal, 17 Abril
Fluminense-LDU Quito, 17 Abril

Classificação
1. Fluminense, 4 pontos / 2 jogos
2. LDU Quito, 4/2
3. Arsenal, 3 /2
4. Libertad, 0/2

Grupo 5 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Univ. San Martín-River Plate, 2-0
(Roberto Ovelar 16', José Luis Díaz 90'+1)

América-Univ. Católica, 2-1
(Cabañas 38', Federico Higuaín 90'+1; Botinelli 72')

2.ª Jornada
Univ. San Martín-Univ. Católica, 0-1
(Botinelli 31')

River Plate-América, 2-1
(Falcao 39', Ortega 90'+1; Cabañas 17'

3.ª Jornada
Univ. Católica-River Plate, 12 Março
América-Univ. San Martín, 13 Março

4.ª Jornada

River Plate-Univ. Católica, 26 Março
Univ. San Martín-América, 26 Março

5.ª Jornada
Univ. Católica-Univ. San Martín, 1 Abril
América-River Plate, 2 Abril

6.ª Jornada
Univ. Católica-América, 17 Abril
River Plate-Univ. San Martín, 17 Abril

Classificação
1. Univ. San Martín, 3 pontos / 2 jogo
2. América, 3/2
3. Univ. Católica, 3/2
4. River Plate, 3/2

Grupo 7 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Audax Italiano-Sportivo Luqueño, 1-2
(Miguel Romero 12'; Robert Servín 10', Luis Núñez 72')

Atlético Nacional-São Paulo, 1-1
(Córdoba 8'; Miranda 32')

2.ª Jornada

São Paulo-Audax Italiano, 2-1
(Adriano 78', 87'; Villanueva 63')

Atlético Nacional-Sportivo Luqueño, 3-0
(Rey 22', Villagra 44', Valencia 82')

3.ª Jornada
Audax Italiano-Atlético Nacional, 18 Março
Sportivo Luqueño-São Paulo, 20 Março

4.ª Jornada
Atlético Nacional-Audax Italiano, 3 Abril
São Paulo-Sportivo Luqueño, 2 Abril

5.ª Jornada
Audax Italiano-São Paulo, 10 Abril
Sportivo Luqueño-Atlético Nacional, 10 Abril

6.ª Jornada

Sportivo Luqueño-Audax Italiano, 23 Abril
São Paulo-Atlético Nacional, 23 Abril

Classificação

1. Atletico Nacional, 4 pontos / 2 jogos
2. São Paulo, 4/2
3. Sportivo Luqueño, 3/2
4. Audax Italiano, 0/2

Grupo 6 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Cúcuta-Santos, 0-0

Chivas-San José, 2-0
(Solís 26', Sergio Santana 52' gp)

2.ª Jornada

Cúcuta-San José, 0-0

Santos-Chivas, 1-0
(Mauricio Uribe 22')

3.ª Jornada
Chivas-Cúcuta, 11 Março
San José-Santos, 19 Março

4.ª Jornada
Cúcuta-Chivas, 27 Março
Santos-San José, 1 Abril

5.ª Jornada
San José-Cúcuta, 8 Abril
Chivas-Santos, 9 Abril

6.ª Jornada
San José-Chivas, 16 Abril
Santos-Cúcuta, 16 Abril

Classificação
1. Santos, 4 pontos / 2 jogos
2. Chivas, 3 /2
3. Cúcuta, 2/2
4. San José, 1/2

Grupo 4 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Coronel Bolognesi-Flamengo, 0-0

Cienciano-Nacional, 2-1
(Vassallo 56', 69'; Victorino 90')

2.ª Jornada
Coronel Bolognesi-Nacional, 0-1
(Fornaroli 10')

Flamengo-Cienciano, 2-1
(Souza 38', Marcinho 88'; Vassallo 45'+1)

3.ª Jornada
Nacional-Flamengo, 3-0
(Richard Morales 41', 66', Fornaroli 69')

Cienciano-Coronel Bolognesi, 11 Março

4.ª Jornada
Flamengo-Nacional, 19 Março
Coronel Bolognesi-Cienciano, 25 Março

5.ª Jornada
Nacional-Coronel Bolognesi, 3 Abril
Cienciano-Flamengo, 9 Abril

6.ª Jornada
Flamengo-Coronel Bolognesi, 23 Abril
Nacional-Cienciano, 23 Abril

Classificação
1. Nacional, 6 pontos / 3 jogos
2. Flamengo, 4 /3
3. Cienciano, 3/2
4. Coronel Bolognesi, 1/2

Grupo 3 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Atl. Maracaibo-Boca Juniors, 1-1
(Miguel Mea Vitali 82'; Battaglia 84')

Atlas-Colo Colo, 3-0
(Marioni 8', Colotto 42', Medina 68')

2.ª Jornada
Atl. Maracaibo-Colo Colo, 1-3
(Díaz 91'; Gonzalo Fierro 50', Biscayzacú 70', Gregory Lancken 88' ag)

Boca Juniors-Atlas, 3-0
(Palacio 33', 81', Palermo 83')

3.ª Jornada
Atlas-Atl. Maracaibo, 12 Março
Colo Colo-Boca Juniors, 20 Março

4.ª Jornada
Atl. Maracaibo-Atlas, 25 Março
Boca Juniors-Colo Colo, 27 Março

5.ª Jornada
Atlas-Boca Juniors, 9 Abril
Colo Colo-Atl Maracaibo, 10 Abril

6.ª Jornada
Colo Colo-Atlas, 22 Abril
Boca Juniors-Atl. Maracaibo, 22 Abril

Classificação
1. Boca Juniors, 4 pontos / 2 jogos
2. Atlas, 3/2
3. Colo Colo 3/2
4. Atl. Maracaibo, 1/2

Grupo 2 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Deportivo Cuenca-Estudiantes LP, 1-0
(Mauricio Ferradas 46')

Lanús-Danubio, 3-1
(Pelletieri 10', Lautaro Acosta 60', José Sand 89'; Abelenda 39')

2.ª Jornada

Deportivo Cuenca-Danubio, 0-0

Estudiantes LP-Lanús, 0-0

3.ª Jornada
Danubio-Estudiantes LP, 1-2
(Irala 9'; Verón 61', Enzo Pérez 87')

Lanús-Deportivo Cuenca, 13 Março

4.ª Jornada
Estudiantes LP-Danubio, 18 Março
Deportivo Cuenca-La Paz, 20 Março

5.ª Jornada
Danubio-Deportivo Cuenca, 27 Março
Lanús-Estudiantes LP, 2 Abril

6.ª Jornada
Danubio-Lanús, 15 Abril
Estudiantes LP-Deportivo Cuenca, 15 Abril

Classificação
1. Estudiantes LP, 4 pontos / 3 jogos
2. Deportivo Cuenca, 4/2
3. Lanús, 4 /2
4. Danubio, 1/3

Grupo 1 - Resultados e Classificação

1.ª Jornada
Caracas FC-San Lorenzo, 2-0
(Luis Vera 41', Castellín 71')

Cruzeiro-Real Potosí, 3-0
(Marcelo Moreno 47', Ramires 55', Guilherme 65')

2.ª Jornada
San Lorenzo-Cruzeiro, 0-0

Caracas FC-Real Potosí, 2-1
(Rentería 4', Vargas 39'; Galindo 79')

3.ª Jornada
Cruzeiro-Caracas FC, 3-0
(Guilherme 10', Ramires 29', Marcelo Moreno 64')

Real Potosí-San Lorenzo, 11 Março

4.ª Jornada
Caracas FC-Cruzeiro, 18 Março
San Lorenzo-Real Potosí, 25 Março

5.ª Jornada

Real Potosí-Caracas FC, 1 Abril
Cruzeiro-San Lorenzo, 3 Abril

6.ª Jornada

Real Potosí-Cruzeiro, 16 Abril
San Lorenzo-Caracas FC, 16 Abril

Classificação

1. Cruzeiro, 7 pontos / 3 jogos
2. Caracas FC, 6/3
3. San Lorenzo, 1/2
4. Real Potosí, 0/2

PRÉ-ELIMINATÓRIA: Resultados e Marcadores

1.ª MÃO

ARSENAL-Mineros de Guayana, 2-0
(Calderón 43', Leguizamón 80')

ATLAS-La Paz, 2-0
(Mendivil 8', Rergis 73')

CRUZEIRO-Cerro Porteño, 3-1
(Ramires 41', 90'+1, Marcelo Moreno 62'; Nelson Cabrera 76')

Olmedo-LANÚS, 1-0
(Quiñónez 71')

CIENCIANO-Montevideo Wanderers, 1-0
(Sawa 13')

Boyacó Chicó-AUDAX ITALIANO, 4-3
(Salazar Díaz 10', 91', Victor Pacheco 39', Miguel Caneo 79; Ntarnak 3'ag, Villanueva 22', Orellana 62')

2.ª MÃO

Mineros de Guayana-ARSENAL, 2-1
(Ederlei Pereira 46', Jaílson dos Santos 59'; Calderón 47')

La Paz-ATLAS, 1-0
(Edgar Clavijo 53')

Cerro Porteño-CRUZEIRO, 2-3
(Lorgio Alvarez 44', 65'; Thiago Heleno 7', Marcelo Moreno 55', Ramires 59')

LANÚS-Olmedo, 3-0
(Fritzler 59', Biglieri 79', Velazquez 85')

Montevideo Wanderers-CIENCIANO, 0-0

AUDAX ITALIANO-Boyacó Chicó, 1-0
(Broli 81')

Eficácia de Ferradas bate Estudiantes

Mauricio Ferradas (no centro) entendeu-se muito bem com Toledo

No Alejandro Serrano Aguilar, a tendência da Copa Libertadores 2008 confirmou-se. O Deportivo Cuenca bateu o Estudiantes de La Plata por 1-0 e abre o grupo 2 da melhor forma, com um golo do reforço recém-chegado Mauricio Ferradas. Uma bela Ferr(o)ada do avançado que se estreou na Libertadores dando o triunfo à sua equipa.

O Estudiantes, comandado por Juan Sebastian Verón , nunca conseguiu adaptar-se ao terreno de jogo equatoriano e sentiu, por isso, muitas dificuldades para explanar o seu futebol durante os 90 minutos. Quando todos pensavam que o intervalo iria chegar com um empate, face às fracas exibições de ambas as equipas, Mauricio Ferradas, o avançado vindo do Racing Club Avellaneda, inaugurou o marcador aos 45 minutos, aproveitando uma boa jogada do companheiro e compatriota Javier Toledo. As equipas foram para o intervalo com a eficácia de Ferradas a ditar as leis.

Na segunda metade, o Estudiantes entrou melhor e Ezequiel Maggiolo teve nos pés a possibilidade de empatar a partida mas o remate bateu no poste de Javier Klimowicz, passando o perigo para a equipa de Perrone. Mas o Deportivo respondeu com várias investidas até à área argentina onde esteve Mariano Andújar para impedir que o resultado se avolumasse. Apesar de não se poder considerar que tenha jogado melhor, o Deportivo Cuenca valeu-se da eficácia de Ferradas para entrar com o pé direito na competição.
Alberto Spencer

Grupo 2

Verón é o maestro dos Estudiantes após espalhar classe na Europa


O Grupo 2 inclui duas equipas argentinas, Estudiantes de La Plata e o campeão Lanús, além dos equatorianos do Deportivo Cuenca e dos uruguaios do Danúbio Montevideo. Desde Bossio a Delio Toledo passando pelo inesquecível Juan Sebastian Verón, o espectáculo neste agrupamento está garantido.

ESTUDIANTES

Verón continua a ser o Maestro da equipa depois de várias épocas no futebol europeu mas há a assinalar uma grande perda: Diego Simeone, antigo jogador que também fez furor na Europa foi o treinador que conquistou o clausura 2007 mas rumou ao gigante River Plate, tendo assumido o cargo Roberto Sensini. O reforço mais sonante é Lázzaro, ponta-de-lança ex-Tigre.

O registo na Libertadores é muito bom pois, em apenas 8 participações, a equipa sagrou-se campeã por 3 vezes, ocupando actualmente o 33º lugar do ranking de participantes. Em 63 jogos, os Estudiantes venceram 35 (mais de metade), empataram 11 e perderam 17, apresentando um saldo bastante positivo em golos: 87-57. A estreia é na casa do Deportivo Cuenca.

DEPORTIVO CUENCA

Fundado a 24 de Março de 1971, o Deportivo Cuenca já contabiliza 4 participações na Copa dos Libertadores. El Expresso Austral assegurou 5 reforços importantes para esta participação em 2008, sendo o mais sonante o avançado argentino Javier Toledo que já passou pelo Chacarita Juniors e Sarmiento. Mas o central Ayoví, os médios Soledispa e Barrionuevo e o avançado Maurício Ferradas (ex-Racing Club) também são nomes a reter e capazes de ajudar a equipa a fazer boa figura na prova.

Não conquistou qualquer título na competição e realizou 21 jogos na mesma, tendo ganho apenas 4, empatado 7 e perdido 10. Um saldo negativo que tem repercussões no score de golos: 18 marcados contra 33 sofridos. Um registo a melhorar este ano, objectivo já assumido por Gabriel Perrone, o comandante dos Colorados. Começa com uma recpção complicada aos Estudiantes.

LANÚS

Campeão argentino em título, o Lanús vai fazer a estreia absoluta na prova mais desejada do continente sul-americano. Comandados pelo experiente guarda-redes Carlos Bossio (ex-Benfica) a equipa de Ramón Cabrero parte com algumas aspirações no grupo 2 e só contratou Ivan Macalik ao Ferro Carril Oeste mantendo a base da equipa campeã.

A equipa está dotada de jogadores experientes em posições fulcrais do terreno: na baliza o conhecido Bossio, com 34 anos; na defesa emerge Graieb (33); Sebastian Salomon no meio-campo (29) e no ataque o matador José Sand (27), o qual foi formado no gigante River Plate e já passou por Colón, Vitória (Brasil), Defensores de Belgrano, River Plate (regresso), Banfield e Colón antes de ingressar no Lanús. A entrada na fase de grupos é a primeira página de uma história que os argentinos querem tornar inesquecível.

DANUBIO

O Danúbio é um dos históricos formadores de craques uruguaios e consegue aliar a experiência com a juventude num plantel que vive à espera do começo da Libertadores. Campeões uruguaios depois de eliminarem na final o gigante Peñarol, Gustavo Dalto resolveu ir buscar alguns jogadores experientes para completar um plantel formado na sua maioria por jovens da cantera. Gabriel Alcoba (ex-Peñarol), Mateo Figolí (ex-Puebla) e Carlos Morales (ex-Defenso Sporting) são os nomes mais sonantes para uma equipa que tem como grande objectivo na prova passar a fase de grupos.

Em 5 participações na Copa dos Libertadores, o Danúbio fez 32 jogos alcançando, ainda assim um saldo negativo: 11 vitórias, 6 empates e 15 derrotas com um saldo de -6 em golos (38-44) é um registo que pode ser melhorado se passar a fase de grupos. Dos 6 jogos que tem para disputar, basta ganhar 4 e não perder nenhum para equilibrar as contas da história na prova. Contudo, os adversários são complicados e prometem dar que falar. O substituto do Peñarol tem uma palavra a dizer nesta primeira fase, se responder bem pode continuar a sonhar.
Alberto Spencer

San Lorenzo perde na Venezuela

Estreia de D'Alessandro acabou em desilusão

O início de época está a ser desastroso para a equipa de Ramón Cabrero. Depois de ter entrado a perder no Clausura, em casa com o Newell's Old Boys, um dos cinco grandes do futebol argentino foi derrotado em Caracas, frente ao Caracas FC por 0-2.

O jogo, marcado pela estreia do principal reforço da equipa, o médio internacional argentino Andrés D'Alessandro, nunca correu de feição à equipa, que foi sendo empurrada para a defesa pelo Caracas FC. Quando se pensava que a baliza guardada por Orión poderia chegar ao intervalo inviolável, surgiu o primeiro golo venezuelano.

Luís Vera, um dos avançados em maior destaque na partida, bateu o guarda-redes argentino aos 41 minutos. Na segunda parte, Cabrero optou por ver o rumo que o jogo levava, apesar de ter Bernardo Romeo no banco.

Esperou demasiado. Numa jogada de alguma confusão dentro da área, o avançado Rafael Castellín aproveitou uma bola perdida no coração da área para dilatar o marcador. Perante o 0-2 no marcador, o técnico decidiu-se finalmente e lançou Romeo no lugar de Aureliano Torres a 16 minutos do fim. Ou seja, alargava a frente de ataque, reduzindo o número de jogadores no meio-campo.

Contudo, a investida acabou por não surtir qualquer efeito, já que o resultado não sofreu qualquer alteração até ao apito final.

Enzo Francescoli

Audax Italiano é o último apurado

O Audax conseguiu chegar à fase de grupos

O Audax Italiano foi o último clube a apurar-se para a fase de grupos depois de ter vencido esta noite os colombianos do Boyacá Chicó por 1-0, resultado suficiente face ą desvantagem mínima de 3-4 na primeira mão. Este desafio foi bem mais calmo que o primeiro, até a avaliar pela nudez das bancadas do Municipal de La Florida. O Boyacá deslocou-se ao Chile com a firme intenção de segurar o triunfo alcançado em casa após três reviravoltas e até bem perto do fim acreditou que conseguia os seus intentos.

Uma primeira parte em que a figura da partida foi Edigson Velasquez, guarda-redes do Boyacá Chicó, que foi adiando constantemente o golo do adversário. Uma primeira parte de constante luta e entrega por parte dos colombianos permitiu-lhes chegar ao intervalo com as aspirações intactas, se bem que tendo a noção de que o segundo tempo iria ser decisivo. E confirmou-se: os comandados de Raul Toro atacaram com tudo o que tinham e o resultado foi o golo de Broli aos 80 minutos.

Um tiro no sonho do Boyacá Chicó embora Alberto Gamero ordenasse de imediato a sua equipa avançar no terreno em busca de um golo que lhes desse a passagem. Mas o Moreirense da Colômbia acabou por cair de pé. Deu uma demonstração de querer e atitude na primeira mão e na segunda perdeu pela diferença mínima. Mas convém também lembrar que só esteve uma vez em vantagem, enquanto os "Audazes Italianos" estiveram na frente da eliminatória por quatro vezes. À quarta não desperdiçaram e entram no grupo 7, com Atlético Nacional, São Paulo e Sportivo Luqueño.

Alberto Spencer

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Grupo 1

D'Alessandro vai actuar na Libertadores pelo San Lorenzo
Começa hoje a fase de grupos da Libertadores'2008. O A é um dois oito grupos que dá o pontapé de saída com a partida entre os venezuelanos do FC Caracas e os argentinos do San Lorenzo. O grupo é ainda composto pelos brasileiros do Cruzeiro e pelos bolivianos do Real Potosí.

SAN LORENZO
À primeira vista, brasileiros e argentinos deverão ser os favoritos a conquistar um lugar nos oitavos-de-final. O San Lorenzo, de Ramón Díaz, não fez muitas contratações, mas assegurou jogadores-chave. O grande duelo ganho ao River Plate na contratação de Andrés D'Alessandro é, indubitavelmente, o grande destaque. No entanto, chegaram ainda o lateral Diego Placente, depois de vários anos na Europa, e do avançado Gonzalo Bergessio, que teve uma passagem frustrada no Benfica, onde não conseguiu apontar qualquer golo, falhou uma grande penalidade frente ao Boavista e perdeu a margem de manobra junto dos sócios e do próprio Camacho. A saída do esquerdino Osmar Ferreyra foi a principal perda.

O San Lorenzo ocupa o 37.º lugar no campeonato absoluto da Libertadores e conta já com nove participações sem, contudo, ter ganho qualquer edição. O equilíbrio é a nota dominante nas participações do San Lorenzo, já que conta com 27 vitórias, 21 empates e 26 derrotas nos 74 jogos disputados.

CRUZEIRO
Apesar de ter tido que ultrapassar uma pré-eliminatória, o Cruzeiro tem grandes ambições para esta prova. Chegado ao grupo 1 com duas vitórias sobre o Cerro Porteño, a equipa de Adilson Batista demonstrou que pode ser um osso duro de roer. Nas duas partidas realizadas, destaque para o médio Ramires. Com três golos nos dois jogos, este jogador promete ser a principal referência da equipa.

A equipa brasileira de Belo Horizonte ocupa o 20.º lugar apesar de ter apenas nove participações. Com menos de um terço das participações do adversário da pré-eliminatória, o Cruzeiro conta com dois títulos (1976 e 1997) e tem mesmo o melhor aproveitamento de todas as equipas com pelo menos duas participações: 51 vitórias, 13 empates e 20 derrotas, com 162 golos marcados e 88 sofridos.

O Cruzeiro é uma equipa com uma ligação forte a Portugal. No entanto, Alecsandro, ex-avançado do Sporting, já não consta dos quadros da equipa depois de ter sido vendido ao Al Wahda dos Emirados Árabes Unidos. No entanto, as saídas não se limitaram ao ataque (Carlinhos Bala foi para o Sport e Roni também deve abandonar), já que o treinador também já não é Dorival Júnior, que saiu para o recém-promovido Coritiba, mas sim Adilson Batista.

Para atacar a Libertadores, o Cruzeiro já fez várias contratações com principal destaque para o guarda-redes Andrey (Steaua Bucareste), o central equatoriano Giovany Espinoza (Vitesse) e o avançado Marcel (Grémio).

FC CARACAS
O estádio Olímpico de Caracas vai acolher o primeiro jogo do grupo. A turma venezuelana sabe que não é favorita para a partida com o San Lorenzo, mas o factor casa costuma sobrepor-se ao valor absoluto das duas equipas.

Sem ter um grande nome no território sul-americana, a equipa venezuelana não deixou de apostar no mercado de contratações para apresentar uma equipa tão competitiva quanto possível. Para isso, apresentou seis jogadores: o guarda-redes Alain Baroja (escalões jovens), os defesas Renier Rodríguez (U.A.M.) e Leonardo Bautista (Estrella Roja), o médio experiente Juan Cominges (Sporting Cristal) e os avançados Gualberto Campos (Portuguesa FC) e Pablo Bastianini (Celano de Itália).

No 64.º lugar do ranking absoluto, o Caracas FC joga agora pela oitava vez na maior competição de clubes da América do Sul. Nas anteriores edições, venceu 10 jogos, empatou 9 e perdeu 28.

REAL POTOSÍ
O Mario Mercado Vaca Guzmán vai receber jogos da Libertadores pela terceira vez na história. A equipa boliviana não tem grandes tradições na competição e muito menos tem ambições que possam passar por algo mais, mas por vezes a Libertadores reserva surpresas.

Longe do historial do Bolívar, a melhor equipa boliviana na prova, o Bamín Real Potosí tem apenas 12 jogos disputados, metade deles perdidos. Três vitórias e três empates completam o currículo desta equipa criada originalmente em 1941.

O técnico Maurício Soría, antigo guarda-redes internacional da selecção boliviana, tentará surpreender San Lorenzo e Cruzeiro numa equipa com poucos recursos, mas a grande luta deverá acabar por ser pelo terceiro lugar frente aos venezuelanos do FC Caracas.

Enzo Francescoli