O eterno Calderón voltou a fazer história Duas eliminatórias fechadas, outras tantas equipas argentinas apuradas. O Arsenal de Sarandí, graças ao tento de José Luis Calderon apontado no Polideportivo Cachamay, qualificou-se para a Copa Santander Libertadores 2008, onde irá integrar o grupo 8, no qual já figuravam Fluminense, Libertad e LDU Quito. Num estádio praticamente vazio, os argentinos entraram decididos a dominar o encontro de modo a precaverem-se contra uma eventual surpresa. Os comandados de Gustavo Alfaro criaram as situações mais claras de perigo - tendo em Calderón a principal arma no ataque - enquanto os venezuelanos procuravam aproveitar-se da falta de experiência internacional de Catriel Orcellet.
Embora tendo a eliminatória sob controle, os argentinos viram-se surpreendidos por um penálti ao cair do pano da primeira parte. Ederlei Pereira converteu, 1-0 para os Mineiros, e algum suspense para a segunda parte. Bastava mais um golo à equipa de Stalin Rivas para empatar as contas. Mas a experiência não permitiu tal veleidade: 1º minuto da segunda parte, primeira jogada de ataque do Sarandí e golo! De quem? José Luis Calderón, quem mais podería ser?O experiente avançado a dar o passo decisivo para o Arsenal cantar vitória na eliminatória. Mas os Mineiros não desistiram.
Chegaram ao 2-1 aos 58 minutos, num belo golpe de cabeça de Jailson Dos Santos, conferindo algum entusiasmo aos adeptos e esperança à equipa. Contudo, os argentinos fizeram valer a coesão defensiva e estão na Libertadores. Com um golo em cada uma das mãos, o internacional argentino José Luis Calderón, do alto dos seus 37(!) anos, colocou a equipa de Sarandí, pela primeira vez na sua história, a competir entre os grandes da América do Sul. E tem, de certeza, uma palavra a dizer pelo menos na fase de grupos. Não convém, por isso, subestimá-lo... ou arriscam-se a sofrer. Mais uma equipa das Pampas na alta roda do futebol sul-americano. Não é por acaso...
Alberto Spencer
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