O La Paz teve muitas dificuldades para ultrapassar a muralha azteca
Consciente das dificuldades que a equipa iria encontrar ao jogar num estádio localizado a 3.600 metros de altitude, Miguel Angel Brindisi montou uma estratégia de combate para não deixar fugir a importante vantagem de 2-0 alcançada pelo Atlas na 1ª mão. O La Paz sempre acreditou ser possível ultrapassar o muro dos mexicanos mas só o perfurou uma vez e, prova de que os seus avançados foram dominados, teve de ser o central Clavijo a derrubar a muralha. Suficientemente experimentado nestas andanças, Brindisi construiu um muro defensivo e na frente colocou o sempre endiabrado Bruno Marioni para segurar a defesa boliviana e não se ver sufocado no seu meio-campo.
Com a partida sempre controlada, o Atlas procurou jogar sobre o meio-campo do adversário explorando sempre rápidos contra-ataques, quase todos gizados pelo antigo jogador do Sporting de Portugal e hoje a maior estrela da formação azteca. O La Paz chegou ao golo apenas no minuto 51, por intermédio de Clavijo, e podia ter aumentado a vantagem em outras 4 ocasiões. Mas a indefinição e nervosismo próprios de uma equipa algo inexperiente acabou por trair as legítimas ambições do técnico Sérgio Apaza. Uma defesa experiente e robusta do Atlas foi o quanto bastou para aguentar a vantagem trazida de casa. Sérgio Apaza, no final, confirmou que o La Paz ainda precisa de algum tempo para brilhar: "Faltou-nos categoria internacional e alguma classe para decidir a nosso favor esta eliminatória".
Honra feita ao Atlas que garante o passaporte para aquele que pode ser denominado o Grupo da Morte: Boca Juniors (actual campeão sul-americano em título), Colo-Colo (campeão chileno) e Union Atlético Maracaibo (visto por muitos como a provável grande surpresa da competição este ano). A segunda participação dos mexicanos na Libertadores vai ser um osso duro de roer.
Alberto Spencer
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